Como se não bastasse todos os percalços e supresas que o cumpanhêro Serra vem enfrentando Brasil afora, na Bahia – logo na Bahia, onde o careca depositava a maior fé – o tucano de pouca telha vem sofrendo com traições, rasteiras e vinganças, protagonizadas pelos aliados históricos, os Democratas.
O portal Terra publicou hoje texto do correspondente Davi Lemos sobre o pega-pá-capá entre os mui amigos.
Para ele, não seria possível fazer campanha para o candidato de quem não quis coligar com os democratas. "Jutahy estava fazendo o trabalho só para ele. Com arrogância, se diz amigo de Serra, mas só pensou nele", disse o deputado democrata.
A reportagem do Terra não conseguiu ouvir Jutahy nem o presidente do PSDB, Antônio Imbassay. Mas, ao Trombone, em julho, Juthay falou sobre a questão. Foi numa entrevista que concedeu ao blog, no domingo após a visita de Serra a Itabuna, em 18 de julho:(…)
O Trombone – Uma questão política local: o PSDB se recusou a coligar com o DEM nas eleições proporcionais, mesmo sendo parceiros na majoritária. Vocês não acham que decretaram a derrota de Paulo Souto, parceiro na eleição ao Governo e ao Senado, antes mesmo de começar a disputa?
Jutahy Jr – Não. O que fizemos foi resguardar nossos candidatos e fortalecer nosso partido. Quando coligamos na majoritária, dissemos ao DEM: estamos ajudando vocês na eleição ao estado e queremos que ajudem na eleição de Serra. Mas tínhamos um compromisso de alimentar candidaturas regionais, como a de Augusto Castro. Por exemplo: com 30 mil votos, nossos candidatos estarão 100% eleitos. Algum até pode se eleger com menos disso, a depender da quantidade de votos na legenda 45.
Se tivesse coligado com o DEM…
Com 30 mil votos, qualquer um dos nossos estaria 100% derrotado, fora. Então, não fazia sentido coligar só para servir de escada para o DEM. Foi um compromisso meu com os candidatos, eles confiaram em minha influência no partido e hoje podemos fazer de quatro a cinco deputados estaduais e até três federais.
Relembre aqui a entrevista.
