15 de outubro, Dia do Professor. Prato cheio para as duas campanhas presidenciais, que não perderam tempo e encheram os profissionais de homenagens e apupos mil. Mas, ouvindo no rádio do carro o blá-blá-blá – ou o trololó – do tucano José Serra, deu para se indignar com a abordagem que o PSDB faz do problema da educação. Ainda mais porque estava na companhia de uma professora – a digníssima esposa -, que também não resistiu à ladainha do “vou colocar duas professoras na sala de aula”.

Essa não dá pra engolir. E olhe que na discussão da ‘proposta’ nem falamos da falta de profissionais, o que seria um impeditivo inicial para a ideia do ‘jênio’, como classifica Paulo Henrique Amorim o tucano Zé. “Esse povo imagina que professor é o quê? Um robô?”, indignou-se a digníssima.

“Eles vêem o professor como um mero repassador de conteúdo, não valorizam as diferenças. Colocar dois profisisonais tão distintos para ministrar uma aula em que a abordagem pode ser feita de mil maneiras diferentes equivale ao mesmo que botar dois monitores de TV para uma teleaula e só rodar o DVD”.

O que ela quis dizer é simples de entender: o tucanato vê o professor não como um ser pensante, uma personalidade única, com suas próprias concepções de ensino, ideologias e diferentes formas de abordagens para um mesmo tema. O genial Charles Chaplin já nos deu o antídoto para esse discurso. No século passado.