O PT e o PMDB firmaram nesta terça-feira (27) em almoço informal dos líderes das duas bancadas na Câmara — Paulo Teixeira (RS) e Henrique Eduardo Alves (RN) — um pacto de convivência a ser seguido pelas duas legendas após as eleições municipais de 2012.

Pelo acordo, as disputas para as prefeituras no ano que vem não deverão estremecer o relacionamento entre os dois partidos no Congresso, o que atrapalharia a governabilidade no plano federal, nem provocaria um distanciamento na parceria para 2014.

Henrique Eduardo Alves disse que “os dois partidos têm um candidato comum, que é a presidente Dilma e estão juntos desde já no mesmo projeto. Não há por que nos contaminar por conta das disputas do ano que vem”.

O PMDB tem confirmado candidatos em 22 capitais e o PT, em 20. Se analisadas os maiores colégios eleitorais do país, a primazia troca de mãos, com 10 candidatos petistas e oito peemedebistas. O PMDB é o maior partido do país, com 1.203 prefeitos e pretende se manter na dianteira para mostrar a presidente Dilma que deve permanecer no condomínio presidencial em 2014.

Já o PT elegeu 558 prefeitos e após fiascos anteriores quando estabelecia metas de vitória que sempre ficavam abaixo dos resultados obtidos nas urnas, desistiu de fazer prognósticos. Informalmente, pretende chegar a 700 administrações municipais.

Na conversa, ficou definido que a parceria entre os dois partidos será tentada em todas as disputas em que isso for possível. No Rio de Janeiro, por exemplo, o PT já anunciou que vai apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PMDB).

Onde isso não for possível, os dois partidos tentarão manter os níveis de civilidade para que as disputas não respinguem no plano federal. “Apesar de algumas desavenças, a convivência ao longo deste ano foi bastante proveitosa”, disse Henrique Alves. (Com informações do Correio Braziliense).