são lucasUma casta que tem se notabilizado pelo destempero é a dos médicos que atendem nos hospitais públicos de Itabuna. Entre os que agridem enfermeiros e os que partem para a ignorância contra pacientes, a população se vê assustada quando põe sua saúde nas mãos de alguns desses afortunados profissionais.

O último caso que se tem notícia ocorreu no fim de junho, no dia 30. O doutor em questão é o plantonista do Hospital São Lucas (Santa Casa de Misericórdia), Alexandre Mendes. E não foi um "maltratar" típico que se vê no dia a dia de médico para aqueles "poucos derréis de mel coado", como diria o advogado Adylson Machado, que se postam à sua frente. Sim, porque paciente do SUS, para muitos desses profissionais, não representa mais que uma cifra bem baixa na "defasada" tabela do Sistema Único de Saúde.

Esse, segundo a vítima denunciou na própria Santa Casa, foi um maltratar que teve sopapos e agressões verbais, não chegando aos tapas ou socos por interferência do debilitado paciente, que vem a ser um profissional da comunicação, o radialista Luiz Galvão. A vítima era a sua esposa.

O radialista tentava atendimento e, pelo que contou, o médico não receitou remédio nem o encaminhou para internamento. Integrante de uma das muitas filas de transplantes,  Luiz Galvão apresentava quadro preocupante – tanto que a cúpula da SCMI resolveu interná-lo após a briga no consultório.

Vamos à briga: depois da confusão com o remédio e a negativa de internamento, o tal médico, doutor Alexandre, segundo as vítimas, perdeu as estribeiras e partiu para cima da esposa do radialista, tentando estapeá-la enquanto a humilhava "de todo modo". Foi preciso a intervenção do doente para conter a ir do médico.

Depois de todos acalmados, o radialista foi internado e, reconhece, muito bem tratado nas dependências do Hospital São Lucas. Mas fica a perguntinha básica: se fosse um atendimento particular, ou mesmo por um plano privado, a atitude do médico seria a mesma?