porta camaraDo Pimenta na Muqueca

Chamem os bombeiros, pois a Câmara de Vereadores tá pegando fogo. Há pouco, houve uma discussão áspera entre o presidente da Casa, Clóvis Loiola (PPS), e o primeiro-secretário, Roberto de Souza (PR).

Roberto foi chamado ao gabinete por Loiola para discutir um decreto presidencial que exonerou todos os ocupantes de cargos comissionados da Casa, num total de 60. O presidente só manteve os comissionados que lhe servem no gabinete.

– Rasgue esse ato e limpe sua b…. que isso não tem validade nenhuma – reagiu Roberto, conforme relatos.

Daí cinco homens que também fazem a segurança do prefeito Capitão Azevedo foram para cima do primeiro-secretário.

A coisa não descambou para a violência porque funcionários da Câmara e vereadores, assustados com o barulho da discussão, arrombaram a porta da presidência e saíram em socorro de Roberto.

A quase-pancadaria desagradou os vereadores da oposição e da bancada governista, que se reúnem em instantes para definir o afastamento de Loiola da presidência da Casa. Quem deve assumir o cargo é o vice, Solon Pinheiro (PSDB), que dá sustentação ao governo na Casa.

O vereador Wenceslau  Júnior (PCdoB) afirma que o ato de Loiola em demitir os cargos de confiança não tem validade, pois teria também de ser assinado pelos demais membros da Mesa Diretoria da Casa.

Os vereadores que estão na Casa condenaram o presidente da Câmara por aceitar a intromissão da equipe de segurança do prefeito e desrespeitar o próprio Regimento Interno.

Vereadores desconfiam que Loiola foi aconselhado pelo governo a tomar a atitude. Isso, porque, além dos seguranças do prefeito, também estava no hall da Câmara o comando da Guarda Municipal, aliado ao fato de Loiola ter se reunido longamente com Azevedo e auxiliares antes da decisão.