Mais conhecido como “carne no olho”, o pterígio é um espessamento vascularizado da conjuntiva, membrana transparente que recobre toda a região branca do olho e se estende até o ângulo interno da fenda palpebral.

O Dr. Elson Cabral Velanes Neto (foto), especialista em Catarata do DayHORC, empresa do Grupo Opty em Itabuna (BA), explica que a doença se alastra para a córnea e apresenta vasos sanguíneos e tecido fibroso, o que pode deixá-la opaca e causar a distorção da curvatura. “O pterígio traz sintomas como prurido, sensação de areia nos olhos, fotofobia, lacrimejamento e hiperemia ocular”, diz.

As causas do pterígio não são conhecidas, todavia, sabe-se que fatores genéticos, bem como ambientais, como a exposição ao sol, à poeira e ao vento, podem favorecer o surgimento do pterígio.

Embora não seja uma doença ocular grave, o pterígio pode afetar a visão caso se estenda na região central da córnea. Em casos de sintomas como ardência e hiperemia, o oftalmologista pode prescrever colírios para aliviar o problema, mas a remoção do pterígio ocorre por meio de cirurgia. O especialista diz que existem diversas técnicas cirúrgicas, algumas delas capazes de reduzir o risco de recidiva.

Uma das técnicas é a excisão do pterígio, associada ao recobrimento da área exposta com um enxerto ou retalho da conjuntiva do próprio paciente (autotransplante conjuntival) ou com membrana amniótica. “A recorrência após a cirurgia é muito comum se não for utilizado o transplante durante a cirurgia”, conclui. O hábito de usar óculos escuros com filtro UV é uma forma de prevenção da doença, segundo o especialista do DayHORC.