A diretoria do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Ilhéus (Sinsepi) anunciou uma paralisação de 48 horas do funcionalismo ilheense. O sindicato reclama de impasse nas negociações com a prefeitura.

Já a representação do município no processo de negciação afirma que o sindicato está se precipitando, uma vez que os canais de negociação não foram fechados. Diante da postura do Sinsepi, a Procuradoria Jurídica da Prefeitura de Ilhéus foi orientada a ingressar com ação na Justiça do Trabalho contra a paralisação.

Segundo o secretário municipal de Governo, Alcides Kruschewsky, a medida tomada pelos dirigentes sindicais é açodada, pois ainda estão acontecendo as negociações entre Município e o Sindicato. Para o secretário, os dirigentes do sindicato ignoraram a legislação vigente, e não informaram o município sobre o ato, formalmente, com a antecedência de 72 horas, bem como não estabeleceu o número mínimo de servidores, com a finalidade de manter as atividades essenciais em funcionamento.

"Em vista dessa desatenção, iremos ao Judiciário para que seja declarada a ilegalidade do movimento. Ressaltamos que estamos dispostos a continuar as negociações até chegar a um acordo satisfatório para as duas instâncias", disse o secretário.

De acordo com o secretário municipal da Administração, Antônio Bezerra, as reivindicações dos servidores provocarão um impacto muito grande na folha de pagamento e, por consequência, no Orçamento do Município.

"O prefeito Newton Lima já admitiu conceder o mesmo reajuste – 5,49 % – dado aos servidores da Educação, sendo o mesmo índice para o ticket alimentação, que é de R$ 50,00. Porém, o Sindicato está irredutível e quer mais de 120% de reajuste no ticket alimentação, o que inviabiliza o acordo", declarou Bezerra.