tupinamba e pataxoA estudante do curso de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Patrícia Moraes Pataxó, do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, participou, em Washington (EUA), entre os dias 22 e 25, de um encontro da Organização dos Estados Americanos.

O evento, uma consulta da OEA sobre a participação indígena na própria Organização, ouviu relatores da organização para direitos humanos, direitos indígenas etc., para os quais Patrícia Pataxó descreveu e denunciou o descumprimento desses direitos no Brasil. Os casos dos Tupinambá da Bahia, Guarani de Mato Grosso do Sul, dentre outros mereceram destaque em sua participação.

Patrícia, que vem acompanhando as questões das violências cometidas contra seu povo e, mais recentemente, à comunidade de Serra do Padeiro, no município de Buerarema, denunciou o processo de criminalização das lideranças daquela comunidade. Tudo foi denunciado pela jovem indígena.

A indicação de Patrícia para essa representação foi feita pela Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), durante a última reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) no início deste mês, e aprovada pelas demais organizações indígenas reunidas na Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). 

Patrícia Pataxó (direita), aparece na foto com Glicéria Tupinambá, irmã do Cacique Babau, presa pela polícia federal junto com o seu filho, no início de junho