O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) coordena a discussão de dois projetos-pilotos que pretendem aplicar títulos verdes à cadeia produtiva do cacau e chocolate com base nos biomas da Amazônia e da Mata Atlântica. No último dia 14, na sede do MDIC, representantes da cadeia produtiva de cacau e chocolate, governo federal e estaduais, agentes financeiros, além de organizações do terceiro setor se reuniram para dar andamento aos debates da proposta.

O encontro foi presidido pelo secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, Igor Calvet, que destacou o compromisso do ministério com o fomento da economia verde. “O MDIC tem trabalhado na expansão das nossas atividades de desenvolvimento sustentável. Precisamos estimular a indústria para ter instrumentos novos para que possamos atender nossas metas e objetivos sem abrir mão da sustentabilidade”, enfatizou.

O debate liderado pelo MDIC em torno dos títulos verdes, chamados também de “Green Bonds”, ocorre num momento que o Brasil aparece entre os 24 países do mundo que emitem títulos verdes. A Climate Bonds Initiative prevê que, até o final desse ano, o Brasil emita US$ 5 bilhões em títulos verdes.

A articulação do MDIC em volta desse tema prevê que nos próximos meses, com a participação de todos os entes envolvidos no debate, os projetos de títulos verdes possam ser aplicados à cadeia produtiva de cacau e chocolate, que são setores estratégicos para o agronegócio e a agroindústria do Brasil. “O setor de cacau tem importância para o país e devemos trabalhar para modernizar a expansão da cadeia”, destacou o secretário.

Títulos verdes

Títulos verdes, chamados também de “Green Bonds”, são instrumentos financeiros para que as empresas e governos levantem recursos para investimentos em projetos que preservem o meio ambiente e promovam um crescimento sustentável.

As discussões no MDIC contam com a parceria dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fazenda, Meio Ambiente, além de agentes financeiros como BNDES, BASA, Banco do Brasil, Banco Central, CAF, Banco do Nordeste, associações representativas da cadeia produtiva do cacau e chocolate, Governo do Pará e organizações do terceiro setor.