Nenhum sinal de solução negociada, ainda, para a campanha salarial dos rodoviários itabunenses este ano. As três partes – trabalhadores, patrões e Ministério Público do Trabalho (MPT) – não conseguiram falar a mesma língua em Itabuna, e a decisão foi parar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Salvador. Lá, também, até agora, nenhum avanço.
A primeira tentativa de acordo no TRT, no dia 2, foi rejeitada pelos patrões. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Joselito Paulo, o Pé de Rato, a proposta mais flexionada que os trabalhadores poderiam aceitarar foi feita pelo MPT: aumento de 6% no ticket e reajuste de 7% no salário.
"Os empresários bateram pé na proposta deles, que era de 5% no salário e 4% no tíquete. Enquanto que a proposta do sindicato foi de 8% no salário, 7% no ticket e 4% como abono". Nem a proposta do MPT está mais em discussão, por decisão dos trabalhadores, em assembleia.
O impasse continua e já foi marcada outra audiência para esta quinta-feira (17), às 15 horas. "Não há dissídio algum marcado, até o momento. As partes ainda tentam negociar", observa Pé de Rato. "Porém, seja qual for o resultado dessa campanha, os trabalhadores mostram que estão organizados e prontos para lutar pelos seus direitos".
