Sinais

O ex-prefeito Geraldo Simões tirou um tempinho para dar duas entrevistas e, em cinco dias, movimentou o jogo político na cidade. Principal tema: 400 dias de governo perdidos. Repercutiu até no Senado Federal, numa espécie de constrangimento político do qual a liderança não pode se esquivar, e acaba por dar uma resposta protocolar.

Povo sabe

O fato é: o que Geraldo fala encontra eco na realidade. E, como em qualquer área da vida, quando se briga com a realidade, o resultado não costuma ser dos melhores.

Ressonância

Geraldo fala de auxílio recomeço? A população está queimando pneus e fechando rodovias em protesto contra a demora na liberação do benefício. Fala de falta de obras? Não se concluiu uma avenida que já estava com todos os contratos assinados, dinheiro liberado, projeto aprovado. Fala de falta de água na torneira? O povo sofre com abastecimento irregular, com intervalos de mais de 20 dias sem água.

Apontador

Na entrevista que deu à Interativa FM, Geraldo anunciou que ia para trabalho, na Ceplac, onde entra às 8:00 horas. O que a turma que briga com a realidade fez? Mandou preposto para a portaria, pra saber se ele trabalha, realmente. Ou seja: a ideia era “flagrar” a falta, para fazer a desqualificação moral de quem faz oposição. Há semelhanças no método com outro opositor, com a diferença de que a luta contra a realidade é um tiro que sempre sai pela culatra.

Gato mestre

Votação que previa reajuste salarial a servidores da Câmara tinha embutido o mesmo aumento respingando nos vencimentos já bastante elevados dos vereadores. Como era de se esperar, todos vereadores votaram a favor. Exceto Pancadinha. Em linhas gerais, saiu-se com essa: sou contra, porque o projeto beneficia os vereadores, que já ganham muito. Onde está o erro? O projeto seria aprovado de qualquer jeito! Mas, garantiu mais um discurso.

Dúvida razoável: o projeto poderia ser feito sob medida para beneficiar apenas os servidores?