Adylson MachadoQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Samu I

Sabido o que recebem de trotes atendentes do SAMU, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar. Brincadeira com o sério, pondo em risco integridade ou vida de alguém. Isso tem levado a que haja verdadeira sabatina quando se liga para o atendimento.

Semana passada, este escriba buscou a urgência do SAMU para um vizinho hipertenso, inteiramente desacordado. Faltou-nos paciência para tanta pergunta, inclusive em torno de aspectos clínicos, impossíveis de resposta por falta de conhecimento.

Depois do périplo, enquanto o desespero tomava conta do ambiente, a atendente passou para um médico. Nossa paciência se esgotou e buscamos o carro na garagem para irmos pessoalmente nos apresentar, porque identificados todos já estavam (nomes, endereços, profissões etc.).

Felizmente nada aconteceu de mais grave.

Samu II

samuDiante do trote e de que muita gente pode morrer por causa de tardio atendimento, cabe à direção do SAMU melhor se preparar para atender. Em especial conhecer a natureza do trote em sua essência.

E uma solução simplérrima: adotar um registro e arquivo de chamadas, em computador, identificando quem telefona. Verificará se a pessoa já telefonou antes e o resultado da busca.

Muito melhor do que ficar um desesperado na linha e dois profissionais (atendente e médico) no outro lado perdendo tempo.

Pode custar caro

Aécio Neves rechaça qualquer relação com a quebra do sigilo fiscal de pessoas vinculadas a José Serra, como depôs Amaury Jr. à Polícia Federal. É possível. Mas nenhuma dúvida há de que a quebra, encomendada pelo próprio Amaury, se efetivou, a serviço do jornal Estado de Minas, para sustar iniciativas do tucanato serrista contra a pré-candidatura do mineiro para 2010. A “inteligência” a favor de Serra teria o comando do deputado federal Marcelo Itagiba. Disputa interna do PSDB, utilizada maliciosamente na campanha de Serra, como iniciativa do PT.

Depois das eleições muita coisa vai rolar. E pode chamuscar Aécio Neves e seus “aloprados”.

Mídia esforçada

pigNão se nega que a imprensa dedicada e comprometida com o tucanato e penduricalhos faz o que pode para livrar a pele de seu “cliente”. No momento, descaracterizar a Polícia Federal e as declarações do jornalista Amaury Jr. de que a quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge, Verônica Serra etc. foi iniciativa tucano-mineira. Por sinal, prática de informação e contrainformação utilizada há muito no mundo político. (ACM tinha sempre às mãos famosos “dossiês”, desmoralizados pelo Presidente Itamar Franco quando o baiano tentou defenestrar Jutahy Júnior do seu Ministério).

O jornal mineiro HOJE EM DIA publica duas reportagens desnudando completamente a disputa entre mineiros e paulistas e desmente por completo as versões trazidas pelo jornal ESTADO DE MINAS e rede Globo para as denúncias de Amaury Jr.

Para maiores detalhes www.advivo.com.br/luisnassif/

Faltou sangue

Escrevemos neste DE RODAPÉS E DE ACHADOS (26 de set.) que faltava uma Rua Toneleros nessas eleições, famoso incidente em agosto de 1954, onde perdeu a vida o major Vaz e Lacerda deu um tiro no próprio pé (tanto que não entregou à polícia, para a perícia, o revólver que portava). O incidente no Rio de Janeiro, quando o tucano foi “atingido” pelo bólido lançado por petistas que realizavam um protesto contra a sua presença parecia a Rua Toneleros de que Serra precisava.

Vendo-se a imagem no SBT (não editada como a da Globo) nenhuma reação teve Serra depois de atingido, levando a mão à cabeça somente depois de um telefonema. Daí até o hospital, um pulo.

A tristeza tucana fica no detalhe: faltou sangue.

Basta não ver a Globo

No jogo de informação/manipulação de imagens de bolas de papel e de crepes atingindo o campo de pouso de Serra, uma circunstância está passando ao largo: o segundo lançamento ocorre em torno de 15 a 20 minutos depois do primeiro.

Com um detalhe: depois que José Serra atende a um telefonema. Não poderia o autor do novo bólido ser um tucano, para gerar a nova Rua Toneleros?

Especular não custa nada! 

Armação deixa jornalistas da Globo envergonhados

globo manipulaPouco a expressar. Remetemos o leitor a “O mal-estar dos jornalistas da Globo”, editado por http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-mal-estar-dos-jornalistas-da-tv-globo. Também a outros textos do mesmo portal: “O questionamento à edição do Jornal Nacional”, “Professor confirma armação da Globo”, “Armação do Jornal Nacional não tinha contra-regra” e “Os 5 erros de Molina”.

Também “Escândalo: a fraude do vídeo que a #globomente exibiu” e “Até jornalistas do JN vaiam Ali Kamel”, em http://www.conversaafiada.com.br/

Por essas, a Globo continua a mesma, como em 1989. Lá com Alberico; hoje, com Ali Kamel.

Desespero ou caráter?

José Serra, ao participar concretamente da farsa deixou para sempre a vocação de estadista para assumir a de malabarista. Neste último caso, nenhum circo o aceitará, por ser péssimo no que faz.

Sairá da campanha como SERROJAS, uma fusão de Serra com o goleiro chileno Rojas.

Rojas foi banido do futebol. Já Serra…

Huum! Muito estranho

urnaA urna eletrônica é oferecida pelo Judiciário Eleitoral como imune à fraude e sua segurança como dogma de fé, com caráter axiomático. Criação humana sob o crivo da infalibilidade, um atributo divino a ser acrescido a outras virtudes teologais como a Onisciência, Onipotência e a Onipresença. Recentemente a JE admitiu a possibilidade do voto impresso como forma de controle do resultado, luta encetada por Brizola e Roberto Requião há muito.

Sempre questionamos – se até o Pentágono já foi alcançado por invasores – por que “desmoralizaria” a urna eletrônica o voto impresso para conferência, se isto ofertaria maior transparência e credibilidade?

Diante de tanta “certeza” não entendemos a insistente propaganda do TSE veiculada no sentido de fazer crer ao eleitor em torno da segurança da urna.

Cá para nós – sem alarmismo ou paranoia – tem gato na tuba. Quem sabe para diferenças nas pesquisas em torno de 5%… Facilmente explicáveis na variação para mais e para menos!

Tudo pode acontecer

No roteiro golpista, conhecido de tantos anos, o incidente ocorrido no Rio de Janeiro vai agitar as mentes que perderam o equilíbrio no curso do processo eleitoral. O “índio” levantará a borduna e dará o grito de guerra, nome, por sinal, do Presidente do PSDB.

Se a dimensão do desespero se aprofundar no ninho emplumado, tudo pode acontecer: até um atentado de “verdade”, que atingirá um tucano, cometido por outro “tucano” vestido de vermelho e empunhando uma bandeira estrelada.

A nova farsa só será descoberta depois das eleições, quando o resultado for definitivo.

Eva Lima

eva limaEduardo Anunciação (DIARIO BAHIA, 20), em sua POLÍTICA, GENTE, PODER, vê Eva Lima como “incentivadora de espetáculos, inteligente mulher, inquieta fêmea, ótima atriz”, que estaria “promovendo brilhante trabalho na FICC”. Quando você abre o portal da FICC nenhuma referência a Eva Lima. Tampouco a Geny Xavier (que, por sinal, guardava a sete chaves as fotografias, do tempo de Ritinha, utilizadas por Cyro em recente exposição).

Caro Eduardo: só quem sabe de Eva, de Geny etc. são os que as conhecem. Se depender do atual gestor só existe na FICC o poeta Cyro de Mattos, o contista Cyro de Mattos, o cronista Cyro de Mattos, o orador Cyro de Mattos, a cultura de Cyro de Mattos, a biografia de Cyro de Mattos…

Haja Mattos para tanto Cyro!

Marina no limbo

Agenor Gasparetto em seu Política, Pesquisa, Literatura (agenorgasparetto.zip.net) concorda, sem expressá-lo, com avaliação nossa (“Falou para o vazio”) referente a Marina Silva (DE RODAPÉS E DE ACHADOS, 16 de outubro), de que só teria utilidade se apoiasse Serra.

Como não fez perdeu espaço. Ninguém mais fala nela. Que não se torne Marina/2010 a Heloisa Helena/2006.

Serra e os demônios

serra e os demôniosPara FHC “O Serra tem uns demônios dentro dele que, às vezes, nem ele mesmo controla”. Para um Serra que fundamentalizou a disputa eleitoral, e vindo de Fernando Henrique Cardoso a informação, gostaríamos de verificar se a demagogia de campanha é ação dele ou dos “demônios”. Também se o abortamento de um filho por ele gerado com sua mulher Mônica Serra, no quarto mês de gestação, foi coisa dos “demônios”.

A encenação no Rio de Janeiro bem pode ter sido coisa dos “demônios”.

Itororó I

Sobre Itororó, na edição anterior, observamos a circunstância de a petista Dilma Roussef ter tido o pior desempenho eleitoral da Comarca justamente onde governa o PT. Depois da visita que fizemos à terra da carne de sol recentemente concluimos que a insegurança pode ser um forte componente a envolver o resultado das urnas, já que a vida humana perde o valor em ritmo alucinante naquela cidade e o número de homicídios é assustador, talvez, proporcionalmente, o maior do País.

Espera-se por um milagre: que a visita de Gugu Liberato mude o quadro, tanta a agitação popular que acompanhou, ao vivo e em cores, a entrega de uma casa dentro do programa “De volta para o aconchego”.

Itororó II

souza netoSe defendemos a presença da Polícia Militar, ostensivamente nas ruas, como elemento inibidor da ação de bandidos, dúvida não podemos ter, depois que o Coronel Souza Neto, então Comandante da Companhia da Polícia Militar em Itapetinga, praticamente zerou a carnificina que existia e volta a ser vivida pela população de Itororó.

Que hoje só fala em Coronel Souza Neto, com saudade e agradecimento.

Itabuna no FIAC

fiacItabuna continua trabalhando no FIAC (Festival Internacional de Artes Cênicas), que está na sua 3ª edição, reunindo espetáculos de vários países, nacionais e baianos em particular, em cartaz em diversos teatros de Salvador durante dez dias.
Os produtores culturais Eva Lima e Ari Rodrigues estavam presentes no primeiro. Nessa terceira edição Ari (que também esteve no anterior) é o único produtor do interior da Bahia, “importado de Itabuna”.

Ainda bem que não depende do mecenato de certo gestor destas plagas.

Depois de tudo

Rir pra não chorar!

traçastraçosAdylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de “Amendoeiras de outono” e ” O ABC do Cabôco”, editados pela Via Litterarum