Parece que aquele bendito ‘conjunto de fatores’ que sempre parece estar contra a administração do prefeito Capitão Azevedo, começa a mudar de configuração: “de agouro constante” começa a se tornar “sorte de prefeito grapiúna”. Há um fator sorte que sempre agracia os prefeitos desse chão.

Quem muito se beneficiou desses fenômenos em suas passagens pela prefeitura – e mesmo nos mandatos parlamentares – foi o deputado Geraldo Simões. Claro que a sorte acompanha quem trabalha duro. E essa parece ser a lógica que agora também se aplica à administração azevediana.

O prefeito de Itabuna ainda deve estar dando dos seus pulos de campanha – 2012 está à porta, convém treinar – com a notícia da publicação hoje, no Diário Oficial do Estado, do decreto 12.581, assinado pelo governador Jaques Wagner.

Não é um decreto qualquer. Ele declara como de utilidade pública, para fins de desapropriação, uma área de 36.842.521,05 metros quadrados, o equivalente a 3.684 hectares, com acessos e benfeitorias existentes nos municípios de Itapé, Itaju do Colônia e Jussari. Traduzindo: a tão sonhada barragem do rio Colônia começa a sair do papel.

É ou não é sorte ter no Palácio de Ondina um governador petista, que não persegue município de prefeito do DEM, mesmo já tendo conseguido a reeleição – e não tendo recebido aqui apoio político para essa vitória? Uma duplicação de avenida, cobertura de canal, agora a solução para o abastecimento de água… A sorte chegou, enfin.

Ainda sem coordenação motora satisfatória, Azevedo vai rabiscando seu nome na história administrativa do município. Sim, na “administrativa”. Porque na “história política”, essa assinatura é bem mais vistosa, coisa de quem estudou e treinou em ‘caligrafia’.

Vencer uma eleição aqui é feito pra gente grande. Se conseguir a reeleição, será alçado à condição de político ninja. Desde que esse blogueiro se entende por eleitor – sim, somos do tempo do MDB e Arena -, isso nunca ocorreu.