loiola agoraO presidente da Câmara
de Vereadores de Itabuna
diz ter contado com
a força divina para
desbaratar essa quadrilha 


O vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Clóvis Loiola (PPS), rompeu o silêncio na manhã de ontem ao dar uma declaração em entrevista ao jornal Agora, que, no mínimo, renderá muito que falar. Ele disse ter descoberto uma verdadeira quadrilha no seu ambiente de trabalho. Com uma carta em punho, o vereador tenta esclarecer ainda as exonerações da Casa Legislativa – palco das queixas e xingamentos, além de fazer uma série de acusações contra os vereadores Roberto de Souza, Ricardo Bacelar e seus homens de confiança, já exonerados pelo referido presidente.

"Quando minhas contas começaram a entrar em jogo, tomei a iniciativa", declara Loiola, justificando a medida tomada. De acordo o presidente da Câmara, as suspeitas sobre irregularidades com o destino de verbas se deram logo após levantamento aferido por uma comissão formada pelos vereadores Claudevane (Vane do Renascer), Wenceslau Júnior e Ricardo Bacelar. O curioso é que esse último foi apontado pelo presidente como sendo cúmplice da quadrilha formada pelos ex-diretores da Câmara.

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Acusações

Loiola é acusado por alguns colegas da Câmara de Itabuna de firmar acordos, com segundas intenções, com o prefeito Capitão Azevedo, e, ainda, de praticar abuso de poder, exonerando pessoas de cargos comissionados, e nomeando com irregularidades. Segundo Loiola, os dois ocupantes de cargos comissionados – Kléber Ferreira (chefe de RH) e Álisson Cerqueira (diretoradministrativo), indicados por Roberto de Souza e Ricardo Barcelar, "tiveram que ser afastados da Câmara por estarem envolvidos com empresas fantasmas. Esses dois ex-diretores, juntamente com Roberto de Souza e Ricardo Bacelar, desviarem mensalmente cerca de R$ 40 mil das contas da Câmara", afirmou.

Força Divina

Contra estes vereadores já citados e seus homens de confiança, Loiola declarou serem todos participantes de uma quadrilha e alega ter recebido uma força divina para desbaratá-la. "Orei muito para Deus me ajudar a desmascarar essa quadrilha", diz. As empresas fantasmas, segundo Loiola, seriam de limpeza e segurança, para onde eram desviados os recursos para manter a Casa, "empresas essas que existiam com o conhecimento e participação de Roberto e Bacelar, completando, segundo Loiola as esferas da quadrilha".

Além disso, o presidente da Câmara acusa o 1º secretário Roberto de Souza de abusar da sua confiança e ingenuidade, "fui pressionado a assinar documentos, dos quais desconhecia o teor, destino ou procedência – todos encaminhados, sempre em caráter de urgência, por Roberto à minha mesa".

A reportagem do Agora tentou falar com o vereador Roberto de Souza, mas ele preferiu não se pronunciar sobre o assunto, sendo que um dos exonerados, Kleber Ferreira, se defendeu dizendo que em toda sua vida pública nunca foi citado nada contra ele. "Tudo que eu fiz até hoje foi por determinação do próprio presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna. As empresas citadas na denúncia estão ativas há um ano e oito meses, por isso, digo que Loiola resolveu denunciar apenas agora porque fui contrário às últimas decisões do próprio".

Já o vereador Ricardo Bacelar alegou que as acusações de Loiola são fruto de seu desequilíbrio mental. "Loiola está passando por uma perturbação mental, ele não sabe o que diz e é totalmente influenciável". O vereador ainda disse que foi ele quem idealizou a investigação feita junto ao Tribunal de Contas e salienta também sobre sua iniciativa em formar a Comissão Especial de Inquérito (CEI). "Essa comissão precisa ser aprovada por cinco votos, mas a população deve e precisa se pronunciar cobrando agilidade nas investigações que deverão apurar um possível desvio de dinheiro na Câmara de Vereadores de Itabuna", disse.

Leia em postagem abaixo a implicação desse texto-bomba para o denunciante, o presidente da Câmara, Clóvis Loiola.