Durante uma entrevista à rádio Interativa, na manhã de hoje, o deputado estadual Rosemberg Pinto declarou que a conversa mais comentada dos últimos tempos, ocorrida em 28 de julho, na sede do MDB da Bahia, teria sido “entre Geraldo e Lúcio, não entre MDB e PT”. Insinuava, assim, que não teria respaldo institucional. O Trombone procurou o Presidente de Honra do MDB, Lúcio Vieira Lima, que respondeu com uma pergunta provocativa: “Jackson Moreira ainda é presidente do PT de Itabuna?”.

Lúcio diz – e as fotos e vídeos mostram – que estavam presentes o presidente do Diretório Municipal do PT, Jackson Moreira, do ex-presidente e membro da Executiva Municipal, Flávio Barreto, e a maior liderança do PT e fundador do partido no município, Geraldo Simões, hoje pré-candidato a prefeito pela sigla. “Se isso não é uma conversa institucional, não sei o que seria. A menos que o deputado tenha destituído o presidente Jackson e não estejamos a par”, descascou.

Outra observação do Presidente de Honra do MDB é quanto à tal fala do governador Jerônimo Rodrigues, sobre unir a base. Rosemberg, como todos ligados ao prefeito Augusto afirmam que essa “união da base” significaria apoio à reeleição do atual prefeito. “Mas ninguém ouviu Jerônimo dizer que essa união é em torno de Augusto”.

Para Lúcio, falar em unir a base, na Bahia, está mais para um apoio de Augusto a Geraldo e um nome do MDB do que o contrário, porque essa já é a configuração do governo, que teve como chapa vencedora justamente um candidato do PT e um do MDB. “Se o governador pensar em unir a base em torno de um candidato, é mais provável que seja em torno de Geraldo. Porque são do mesmo partido e assim estaríamos repetindo a dobradinha vitoriosa na Bahia”.

Ainda sobre a eleição de prefeito em Itabuna, Lúcio Vieira Lima diz que esta se dará por comparação. Para ele, a população vai comparar Geraldo, Augusto e Pancadinha, e daí vai fazer sua escolha. “Geraldo tem sua história, assim como os outros dois, e o MDB, neste momento, conversa com ele. E tem sido uma conversa boa, porque Geraldo tem fundamento naquilo que diz”.