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O reencontro com os familiares foi o ponto alto do resgate dos 33 mineiros que estavam há quase 70 dias presos na mina San José, em Copiapó, no norte do Chile. Beijos, abraços, lágrimas deram o tom da emoção cada vez que um dos trabalhadores chegava à superfície.

Mas o final feliz do mineiro Johnny Barrios, de 50 anos, foi diferente. Ao sair da mina na tarde desta quarta-feira (13), Barrios – o 21º mineiro ser resgatado – não encontrou sua mulher do lado de fora. Marta Salinas, casada com Barrios há 28 anos, não foi encontrar o marido.

O motivo? O mineiro tinha outra mulher esperando por ele no acampamento de Copiapó. Barrios, que chegou à superfície por volta das 16h30 desta quarta, foi recebido por Susana Valenzuela (na foto com o mineiro).

Segundo o jornal argentino Clarín, Marta soube da existência da “amante” do marido no acampamento organizado pelas famílias dos mineiros e pelo governo chileno. ”Estou contente porque ele se salvou, é um milagre de Deus, mas não vou ver o resgate. Ele me pediu, mas também convidou a outra senhora e eu tenho decência”, disse a mulher traída. “É ela ou eu”, havia afirmado Marta. Ela cumpriu a promessa e não apareceu para receber Barrios.

De acordo com declarações, Marta não iria assistir ao resgate nem mesmo pela televisão. “Em conversas telefônicas e nas cartas que ele me enviou, ficou claro que ele está bem e isso é o suficiente para mim”, afirmou. Segundo Marta, sua decisão foi apoiada até mesmo pela primeira-dama chilena, Cecilia Morel.

Durante o confinamento, Barrios era o responsável por cuidar da saúde dos colegas, dar injeções e redigir relatórios sobre a situação dos companheiros.

Informações: Revista Época online