Uma criança transgênero, de apenas 12 anos, teve sua casa apedrejada quatro vezes nas últimas duas semanas, revelou Janaína Britto, 40 anos. Os ataques tiveram início depois que a família decidiu lutar para que o menino seja chamado pelo nome social na escola, direito reconhecido por lei em 2016.

No entanto, o colégio de Poções, no sudoeste baiano, não tem respeitado a lei. A unidade escolar diz que a prefeitura da cidade precisa autorizar o tratamento. Com todo o imbróglio, a vereadora Larissa Laranjeiras (PCdoB) apresentou um projeto de lei para que as pessoas transgênero sejam chamadas pelos nomes sociais nas escolas, só que o PL ainda não foi colocado em votação.

A proposta seria colocada em pauta no dia 23 de maio, mas um pastor da cidade convocou a comunidade evangélica para protestar. Isso acabou inibido boa parte dos legisladores, que decidiu não entrar em um embate com o líder religioso.

Alguns vereadores disseram publicamente que são contra o projeto. No dia 30 de maio, um parlamentar citou a Bíblia e que “sua ideologia deve ser respeitada”.

Os ataques contra o garoto são acompanhados por organizações como a Aliança Nacional LGBTI, a Associação de Famílias Homotransafetivas e a Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB – Bahia.

A polícia investiga o caso. A informação do Correio 24 Horas.