O que se poderia esperar de um governo que começa em meio a uma pandemia como a que vivemos? Simples: que fosse muito bom no enfrentamento ao coronavirus, mesmo que apenas fizesse o feijão com arroz no restante da gestão. Bastava ser excepcional em um item, mas não deu. A inaptidão para a coisa é ululante.

O prefeito não consegue organizar uma distribuição de peixe ou observar a limpeza de um esgoto sem aglomerar pobres. Como esperar, de outra forma, que conseguisse vacinar idosos pobres de forma segura, eficaz, eficiente – com planejamento, para que as doses disponíveis fossem suficientes?

Criou-se um calendário reduzido para a maior faixa etária elegível para a imunização até aqui – 60 a 69 anos. Três dias. Não havia outro resultado possível, que não fossem aglomerações e caos, uma festa organizada para a disseminação do vírus que se pretende(?) combater.

Flertando com o cornavírus e o populismo, o governo Augusto Castro caminha para os 100 dias mais melancólicos de que se tem lembrança nessa Itabuna sofrida de guerra. E olhe que a concorrência é forte: Fernando Gomes em fim de carreira, Claudevane Leite atado e o então neófito Capitão Azevedo. Esses, de quem pouco se esperava, confirmaram as expectativas, mas conduziram os tais 100 primeiros dias de forma infinitamente melhor. Não que tenham sido bons, mas porque esse governo é muito mais fraco do que se poderia supor. Daí…

Os 100 dias fatais estão chegando, a população segue esperando um prefeito, um governo. A saúde seria a fiadora de uma gestão que se vendeu como salvadora. A gestão não veio e, por enquanto, não passam de uma miragem – a saúde e a salvação.

O coronavirus agradece.

Em tempo: a foto que ilustra este post é da aglomeração gerada pelo anúncio da vacinação na Unidade de Saúde Alberto Teixeira, no Califórnia, na terça-feira (30)