sede da malweeO Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Têxteis e Calçadistas de Itabuna e Região (Sintratec) denuncia que a dificuldade de acesso a atestados médicos enfrentada pelos trabalhadores da Malwee em Camacan – e que ela pode ter contribuído para a morte de uma operária.

Aliada a essa dificuldade, soma-se a intransigência – e negligência – do serviço médico da empresa. O caso concreto denunciado pelo Sintratec, que dá conta do óbito dessa funcionária da fábrica (que não teve o nome revelado), diz que ela chegou a ser “diagnosticada” com “dor de cabeça psicológica” – para não dizer “mentirosa” -, pelo tal serviço médico da Malwee.

“Fizemos duas assembleias em Camacan e os trabalhadores informaram sobre a morte da companheira, no sábado, e se queixaram dessa dificuldade de acesso a atestados médicos naquela cidade. Fomos informados de que a operária vinha sofrendo com uma constante dor de cabeça e, ao procurar o serviço médico da empresa, ouviu que a dor a que se referia era apenas psicológica”, comenta a diretora Nainha Felisbertto.

Tem mais: por faltar ao trabalho, nas últimas semanas, devido às fortes dores de cabeça, a operária recebeu uma punição (suspensão) da fábrica, que alegou “ausência do trabalho sem justificativa legal”.

O sindicato reitera que a tal “não justificativa das faltas ao trabalho” ocorreu, simplesmente, pela imensa dificuldade que os operários têm para obter atestados médicos naquele município. O Sintratec vai adotar as medidas legais cabíveis.

Atualização em tempo: A Redação d’O Trombone foi informada por um morador de Camacan que a operária chamava-se Maria José Santos Silva, e tinha 35 anos.