A grave crise de abastecimento de água em Itabuna é resultado da combinação de seca prolongada com a falta de investimentos em saneamento ao longo dos últimos três anos e meio. É o que afirma o pré-candidato a prefeito Geraldo Simões (PT). “Chama a atenção o posicionamento do prefeito Vane do Renascer, que além de não investir no setor, não fazer o dever de casa, ainda decidiu vender a Emasa”, completa.

Geraldo critica ainda o fato de a proposta de Vane aparecer justo quando o governo do estado investe R$ 130 milhões em uma barragem que vai normalizar o abastecimento. O pré-candidato do PT tem reforçado o coro dos que denunciam a venda da empresa municipal. Ele refuta a tese da inviabilidade da Emasa como argumento para a entrega por 35 anos a uma empresa privada. 

“Em nossa gestão de 2001 a 2004, investimos R$ 10 milhões, que hoje valeriam R$ 21 milhões, corrigidos pelo IPCA. Fizemos o projeto da barragem e investimos em reservação e distribuição. Construímos dois grandes reservatórios (Monte Cristo e Estação de Tratamento) e implantamos 56 quilômetros de adutoras e subadutoras”, lembra Geraldo Simões.
Desse investimento, metade foi de emenda de bancada do PT e metade foi de recursos próprios, inclusive da própria Emasa. “Preparamos a rede para distribuir a água da barragem do rio Colônia, que já era apontada como essencial desde aquela época”, lembra Simões.

Lucro social

“Fizemos tudo isso sem aumentar a tarifa, diferente do que acontecerá caso alguma empresa privada venha a fazer qualquer investimento. É da natureza da empresa privada a obtenção do lucro. E quem vai garantir esse lucro é o consumidor, que pagará mais caro pela tarifa. Nem a justiça obriga uma empresa a operar sem lucro”, argumenta Simões.
Por outro lado, mantida na condição de empresa pública, “todo investimento público que for feito, visará tão somente a prestação de melhor serviço a um maior número de pessoas. É o lucro social”, explica Geraldo Simões.