Na manhã de segunda-feira (6), o governador Rui Costa esteve em Ilhéus, onde entregou o novo Hospital Materno-Infantil. Durante a cerimônia, anunciou a autorização para as obras de duplicação estrada que liga os municípios de Ilhéus e Itabuna, a famosa duplicação da BR-415. Mais que isso. Pousou no bairro São Judas, para acompanhar as primeiras ações, com máquinas a todo vapor.

Essa obra há muito era esperada e a demora acabou por suscitar dúvidas quanto ao seu efetivo início, já que não foram poucos os percalços enfrentados, de licenças ambientais e outras diversas, passando por desapropriações das terras que serão atingidas pela nova pista que será construída, na margem direita do rio Cachoeira.

Por outro lado, observando a dificuldade do governo estadual para concluir a licitação – exatamente por seguir todos os requisitos que uma obra desse porte exige – o presidente Jair Bolsonaro anunciou a “sua” duplicação da BR-415: a “construção” de uma terceira pista, na parte inicial da estrada. E desde a última semana as “obras” já estão em execução!

O problema é que essa é uma duplicação fake. Criar uma pista de rolamento na área do acostamento não é, nem nunca foi, uma duplicação, mas, sim, a supressão de uma área de segurança para pedestres, ciclistas e até para veículos que precisam utilizar aquele espaço.

O governo do estado venceu a guerra, em suas nuances de narrativa e de obras, propriamente ditas. Adaptando aquele slogan, que aqui se torna um “novo” clichê: nada supera a correria.