Por Maria Reis Gonçalves

Todos nós estamos sujeitos a sofrer ações de alguém maldoso. Hoje, a maldade está em todos os lugares. Nas escolas, nas redes sociais, salas de reunião das pequenas e grandes empresas, entre familiares, amigos etc. Devemos, no entanto, aprender a lidar efetivamente com esse tipo de pessoa, ao mesmo tempo em que devemos nos proteger das suas maldades. Porém, devo dizer que não é tão fácil assim.

Na verdade existem dois tipos de pessoas maldosas: a que faz maldade por prazer e a que faz maldade para tirar proveito próprio. Todos os dois tipos são totalmente perniciosos, e possuem desvio de conduta. Tem pessoas que usam o subterfúgio da sinceridade para praticar suas maldades. Na verdade elas sentem prazer em magoar o outro.

Pessoas maldosas nunca estão bem na vida, pois tudo causa inveja e, mesmo querendo aparentar bondade, sempre deseja o pior para os outros. Sobrevivem da maldade e, sempre encontram uma vitima.

Mesmo que não possamos controlar o comportamento do  sujeito pernicioso, podemos controlar a nossa reação a suas ações. Algumas vezes, uma pessoa nos faz uma maldade, só para testar a nossa reação. Por isso devemos aprender a controlar a maneira de reagir e lidar com essa situação.

No geral, as vitimas dos maldosos são pessoas boas, de bom coração, que não percebem a maldade, e por terem nascido em uma família bem estruturada, não cresceram sabendo lidar com o mal. Muitas vezes nem sequer desenvolveu mecanismo para reconhecer quando alguém está praticando maldade e, com o tempo, o maldoso consegue desestabilizar a pessoa de bem, de tal maneira, que ela termina por não saber o que fazer.

Uma pessoa maldosa é um tipo de bola de neve, que vai crescendo em sua maldade só para destruir a sua vitima. Ela procura saber tudo de você, distorce tudo o que você faz, e sai difamando, só pelo prazer de te ver desesperada e sem entender o que está acontecendo. Muitas vezes, não conseguimos enxergar que uma pessoa maldosa está ao nosso lado, convivendo conosco, como se fosse parte da família, uma amiga, e, sem querer, viramos uma espécie de marionete nas mãos dela. E ao cairmos na real, sofremos muito e, o pior, é quando alguém que sabia e nos avisava, nos fala: “Bem que eu te avisei”. A dor se torna bem maior. Pois, assim como tem gente maldosa que não priva da nossa convivência, existem aqueles que estão sempre junto a nós, usufruindo da nossa intimidade.

Toda pessoa maldosa é inflexível, se acha superior aos outros e não dá a mínima para a opinião de ninguém. A única forma de nos protegermos de pessoas maldosas, é sabermos desenvolver a nossa própria força interior. É muito fácil, para as pessoas de bom coração, confiar. Sempre acreditamos no que o outro tem de melhor, porém, não devemos deixar que essa confiança nos cegue, tape os nossos olhos, e nos impeça de ver o que está acontecendo ao nosso redor.

Portanto, tenha calma, tenha cautela, e não saia contando sua vida para quem você não conhece bem. Lembre-se que nem todos são fortes o suficiente para enfrentar certo tipo de gente. Para alguns é quase impossível se defender dos controladores e dos bullying, Mas, não se permita viver nesse ambiente de semi-escravidão mental, submetendo-se as maldades de alguém que não aprendeu a conviver com as suas frustrações e medos. Seja firme, mostre que o seu ponto de vista é esse, e ponto final, não deixe se abater pelo maldoso, pois eles sobrevivem sugando os nossos sonhos e ideais.

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Maria Reis Gonçalves é psicóloga.