O já conhecido golpe da aposentadoria – há várias modalidades, inclusive a de dopar os pacientes para que pareçam doentes mentais – pode estar com os dias contados em Ilhéus. A Polícia Federal está, na manhã de hoje, realizando a Operação Radar, e cumpre três mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva contra um funcionário da Previdência Social, lotado naquele município.

Uma investigação sigilosa da PF, em conjunto com a própria Previdência e o Ministério Público Federal, identificou o que seria um esquema de fraudes contra o órgão da seguridade social. Um funcionário, que ainda não teve o nome revelado, estaria atuando irregularmente na intermediação e concessão de benefícios de várias modalidades, principalmente pensão por morte, benefícios assistenciais e auxílio-doença, mediante o recebimento de propina.

Segundo a assessoria de comunicação da PF, as investigações apontaram para uma possível atuação de quadrilha, com participação de membro de etnia indígena, que se utilizava de  documentação falsa, inserção de dados fictícios nos sistemas da previdência Social e de documentos com dados inverídicos para a obtenção de benefícios indevidos, inclusive para familiares.

As investigações chegaram ao possível envolvimento de seis pessoas, sendo que as irregularidades remontam ao ano de 2003. Estima-se que o prejuízo causado aos cofres públicos ultrapasse R$ 500.000,00, o que deverá ser comprovado com a revisão dos benefícios considerados irregulares.