O terror instalado na região com a nova onda de invasões por parte do movimento indígena no sul da Bahia cria um clima de insegurança na população e pode prejudicar, inclusive, a realização das eleições. Já são 18 as propriedades invadidas pelos indígenas nos últimos 12 dias. A denúncia é da Associação dos Pequenos Produtores de Ilhéus Una e Buerarema, presidida por Luiz Henrique Uaquim.

Segundo a Associação, as invasões têm sido praticadas por grupos fortemente armados, sendo este fato, inclusive, de conhecimento da Polícia Federal, que diz não dispor de um contingente necessário para enfrentar os invasores. As ações do movimento supostamente indígena têm sido ampliadas, ultimamente, e estão calcadas em três situações: a primeira é o calendário eleitoral, que “amarra” a reação de autoridades como do governador Jaques Wagner, temendo acontecimentos trágicos que venham a influenciar o resultado das eleições.

Outra situação são as ações e posições da Procuradoria Federal, especialmente no caso do “cacique Babau” quando decidiu processar a União pedindo indenização de R$ 500 mil por danos morais. O mais estranho é que, a pretensa vítima, na visão da Procuradoria, é o comandante das invasões de propriedades.

A terceira situação em que se apóiam é o desapossamento repentino de moradores e a interposição de uma ação particular do professor Ed Brasil, que paralisou o processo administrativo a fim de conceder-lhe direito de defesa, uma vez que é proprietário e não fora notificado. Entretanto, a ação não surtiu nenhum efeito concreto, e apenas adiou os procedimentos, gerando ampla insatisfação das partes envolvidas que almejam abreviar uma definição.